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Foto do escritorCaetano Grippo

Como melhorei o hábito de leitura?

Hoje quero compartilhar algumas reflexões sobre meu hábito de leitura e como ele foi se transformando ao longo do tempo. A inspiração para esse vídeo veio durante a ideia de listar os principais livros que li em 2024. Enquanto organizava isso, lembrei que, durante o ano, muitas pessoas me perguntaram como eu faço para ler com tanta frequência. Então, decidi falar sobre o assunto no podcast.


Antigamente, eu tinha o hábito de ver muito mais filmes do que ler. Hoje, a situação se inverteu. Apesar de gostar de ambas as formas de arte, desenvolvi um amor especial pelos livros. Muitas vezes, quando compartilho trechos ou fotos do que estou lendo, recebo perguntas sobre meu processo de leitura. Não foram uma ou duas vezes; foram várias. Por isso, pensei: por que não explorar compartilhar o que eu fiz para melhorar.


Por muito tempo, tive a necessidade de terminar todo livro que começava. Talvez isso venha da educação escolar, onde somos ensinados a seguir algo até o fim, independentemente de como nos sentimos no processo. Isso mudou quando li algo sobre o cineasta iraniano Abbas Kiarostami. Ele dizia que, se um filme mostrou algo que o marcou, que o fez refletir sobre alguma coisa, não há problema em sair do cinema antes de acabar. Essa ideia transformou minha relação com os livros. Hoje, se um livro não me provoca nada, deixo de lado sem culpa. Assim como entender que a leitura não precisa seguir um caminho linear. Você pode ler mais de um livro ao mesmo tempo ou pular páginas. Isso não significa desrespeitar o texto, mas sim adaptar a leitura à sua forma de absorver informação. Muitas vezes, lemos para refletir, nos emocionar ou mesmo nos irritar. Todas essas reações são válidas e fazem parte do processo de aprendizado.


Encontrar tempo para ler é sempre um desafio. Essa ideia de precisar de um "canto perfeito" ou de uma hora tranquila não funciona para mim. O principal para mim, acredito, é aproveitar pequenos intervalos do dia: no transporte público, enquanto espera por algo ou em pausas do trabalho. Quando a leitura se integra à rotina, ela deixa de ser um evento especial e se torna parte do cotidiano.


Uma coisa que me ajuda muito é anotar enquanto leio. Uso canetas coloridas e faço notas diretamente no livro. Isso me ajuda a organizar ideias e facilita retomar a leitura mais tarde. Essas anotações tornam o ato de ler mais dinâmico e interativo. Se o texto é denso, organizo os parágrafos com palavras-chave, o que garante que o raciocínio não se perca.


Minha dica é: pegue um livro que te instigue, leia no seu tempo, pule páginas se precisar, mas nunca se sinta obrigado a seguir regras que não fazem sentido para você. A leitura é, acima de tudo, um ato de prazer. Então, não caia na armadilha de transformar a leitura em "performance". Não se trata de quantos livros você leu, mas sim do que você absorveu. Ler é um treino. Você pode não entender algo imediatamente, mas essa informação pode fazer sentido no futuro. O importante é estar aberto a aprender e criar conexões.


Espero que essas reflexões te inspirem a ler mais ou, pelo menos, a repensar como você se relaciona com os livros.

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